TABAGISMO – MAL QUE ASSOLA O PAÍS

Extraído do discurso proferido em 06/03/2008 em Plenário sobre tabagismo, mal que assola o país


Lembro a todos que os fumantes ativos produzem os fumantes passivos. E todo o Brasil precisa estar a par de alguns dados. Por exemplo: os fumantes passivos têm 23% a mais de probabilidade de contrair doenças cardiovasculares; 30% a mais de chance de ter câncer de pulmão; e 24% a mais de probabilidade de ter um enfarto.

Portanto, sugiro a supressão desses chamados espaços reservados. As pessoas que queiram fumar, que fumem ao ar livre, o que já será um dano à natureza, mas, pelo menos, não atingirá diretamente uma pessoa que trabalha no mesmo ambiente e está exposta ao fumo de forma indireta.

Quero citar aqui as palavras do Dr. Luiz Antonio Santini, Diretor-Geral do Instituto Nacional do Câncer — INCA: o custo da saúde pública com as doenças derivadas do fumo é 2 vezes maior do que todos os impostos arrecadados com esse produto. Não é justo uma grande indústria lucrar e toda a sociedade pagar a conta. Creio que todos os fumantes gostariam de se ver livres desse vício.

Epidemia de tabagismo

Sra. Presidenta, no Brasil, de 200 a 250 mil pessoas ao ano são vítimas fatais de doenças em consequência do fumo. No mundo, o número chega a 4,9 milhões de pessoas, quase 10 mil pessoas ao dia. Realmente, é quase uma epidemia.

No Brasil, nos últimos 15 anos, houve um crescimento de 12,9% para 25,2% de pessoas que se tornaram dependentes do cigarro. Entre os homens fumantes houve um aumento de 23.4% e, entre as mulheres, de 20%. Em todo o mundo, também nos últimos 15 anos, 47% das pessoas aprenderam a fumar. Trata-se mesmo de uma epidemia.

As políticas públicas e as iniciativas do Ministério da Saúde e dos demais órgãos governamentais têm de estar voltadas para a conscientização da população. É preciso proibir as propagandas de cigarro em horário nobre e o patrocínio de indústrias de cigarro nos grandes eventos, como Copas do Mundo, e assim por diante. 


Deputado bispo Rodovalho
29/06/2010

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