EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO CURRÍCULO DAS ESCOLAS BRASILEIRAS

Quero agradecer ao Arthur Kronenberger daqui de Brasília, que me enviou hoje pela manhã a matéria do Estado de São Paulo escrita pela jornalista Roberta Scrivano, sobre um assunto que defendi através do projeto de lei 306/2007 na Câmara dos Deputados e pasmem,  foi rejeitado pela Comissão de Educação e Cultura e posteriormente arquivado.

Ainda acredito nessa estratégia como veículo para transformação de nossa sociedade, do ponto de vista econômico, pois precisamos orientar os nossos jovens alunos de todo o Brasil quanto à necessidade de se ter responsabilidade financeira, poupando e planejando seus gastos, bem como ensinar a esses jovens seus direitos e deveres prescritos na legislação brasileira. A meu ver, se forem orientados em sua formação escolar a administrarem seus recursos, eles estarão preparados para tomarem decisões, priorizarem consumos, elaborarem seus planejamentos financeiros e a principalmente avaliarem o custo/benefício dos produtos evitando o desperdício e o consumo exagerado. 


Defendo que todos os jovens, sem exceção, tenham acesso à esse nível de ensino, que hoje é exclusivo da elite do país. No texto original do projeto está assim discriminado:”… inclui no currículo escolar do ensino fundamental e médio, a disciplina de educação financeira e de direitos e deveres do cidadão.” Mas a quem interessa isso não é mesmo?

Agora leia a matéria que gerou esse meu desabafo.

Deputado bispo Rodovalho


por Roberta Scrivano O Estado de S. Paulo – 28/06/2010    
Escolas particulares incluem educação financeira na grade curricular; crianças aprendem, por exemplo, a organizar orçamento Na aula de português, o verbo poupar no lugar de correr. Em arte, o desenho de um cofrinho e não do pôr-do-sol. Nos problemas de matemática, reais em vez de laranjas. Iniciativas simples como essas, que inserem a educação financeira no cotidiano das crianças, são cada vez mais comuns em escolas particulares. 

Especialistas e educadores dizem que o interesse dos pais, sobretudo os mais jovens, já é grande, assim como o de universitários, o que tem estimulado o aparecimento da educação financeira em escolas e faculdades.Uma das iniciativas mais recentes foi implementada na escola Castelo Branco, no bairro paulistano da Bela Vista, que inseriu o tema como disciplina obrigatória para os alunos entre 6 e 11 anos. “A aula é semanal, para todas as séries. Não há nota, mas a presença é obrigatória”, conta Silvia Alambert, coordenadora do projeto The Money Camp, originado nos Estados Unidos.Silvia é a representante do projeto, que, além de ter seu próprio quadro de professores que podem ser contratados pelas escolas, por exemplo, oferece capacitação de profissionais.

Em geral, as iniciativas há mais tempo aplicadas se dão em escolas bilíngues ou com alguma influência internacional, como a Stance Dual, também na Bela Vista. “Educação financeira é um diferencial da nossa escola”, diz Luciana Lapa, coordenadora do ensino fundamental. Na Stance Dual, o tema é abordado de 15 em 15 dias sob o título educação financeira há três anos. “Além disso, em todas as outras matérias incluímos o assunto como tema transversal”, explica Luciana. O projeto implementado nessa escola é da educadora financeira Cássia D” Aquino e está embasado em quatro pilares: -ganhar, poupar, gastar e doar. “Trazemos nessa aula assuntos do cotidiano, problemas e, sobretudo, formamos os valores da crianças em relação ao tema consumo”, explica Luciana.

Empreendedor mirim. Há unidades de ensino que tratam o tema com mais requinte, como a Escola Internacional de Alphaville, que aplica metade de toda a grade curricular em inglês. “Educação financeira está no nosso módulo de empreendedorismo, que é dado para o ensino médio”, explica Stevens Beringhs, sociólogo e coordenador do colégio. Com uma mensalidade de R$ 2,3 mil, os alunos, para ter esses diferenciais, ficam na escola das 7h30 às 15h30. “Estamos em uma escola de alta elite e o intuito principal dessas aulas é a manutenção do patrimônio”, completa o coordenador. Poupança e investimento são o foco das aulas.E não são só as escolas que estão de olho na educação financeira. Há quatro anos, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) oferece o tema Finanças Pessoais como matéria eletiva aos estudantes de administração. Maria do Carmo Scwandner Ferreira, coordenadora de finanças da PUC, conta que essa é uma das matérias mais procuradas pelos alunos. “Mesmo sendo estudantes de administração, dificilmente você encontra alguém que saiba como fazer o orçamento mensal.” 

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