A nossa luta diária é escolher entre o bem e o mal
Um velho índio descreveu, certa vez, seus conflitos internos: “Dentro de mim existem dois lobos. Um deles é cruel e mau, o outro é bom e dócil. Eles estão constantemente a brigar”. Quando então, lhe perguntaram qual dos lobos ganharia a briga, o sábio índio parou, refletiu e respondeu: “Aquele que eu alimentar”.
Essa é a nossa luta diária. Qual dos dois lobos você tem alimentado? O pecado, o mal nos tenta de perto, não é de longe. Ele não tem interesse em conhecê-lo ou de se relacionar com você, mas em matar, roubar e destruir. O inimigo fica à espreita, na passagem, na entrada, na porta da sua vida. Nos lugares estratégicos, onde as decisões são feitas.
Geralmente as pessoas que nos amam, são aquelas que conseguem provocar algo em nós. Segundo o psicanalista Willard Gaylin, “a raiva viceja (brota com força) na intimidade. A família é um canteiro inevitável de sentimentos de toda espécie”. O que mais buscamos nas pessoas que amamos é a reciprocidade desse amor. Quando ele não vem, convertemos, com muita facilidade, a humilhação e a vergonha em raiva. A tristeza e o medo em abandono.
A menos que tenhamos maturidade espiritual e emocional para suportarmos com humildade e coragem esses momentos. A frustração pode explodir em violência emocional, verbal e até mesmo física. Muitos adultos continuam crianças por dentro e são incapazes de controlar seus impulsos, porque não possuem, ainda, as ferramentas adequadas para lidarem com a frustração, com o medo do abandono.
É muito comum um irmão bater no outro, quando esse lhe toma um brinquedo, em vez de negociar a devolução. E o que os pais fazem? Deixam que eles resolvam, abrindo mão desse lugar sagrado: o de educador das emoções. Infelizmente muitos adultos ainda resolvem seus conflitos como crianças que não foram treinadas em suas emoções e, assim como na família de origem, se repetirá o fato refletindo na sua família nuclear e, consequentemente, em todas as relações da vida.
Adultos imaturos buscam, sempre, naqueles que amam as mesmas respostas que seus pais lhe davam quando eram crianças. Seu sucesso dependerá muito mais de como você lida com suas emoções, do que das estratégias que você usa para cumprir ou alcançar seu objetivo.