O propósito de Deus ao criar o homem


No capítulo um do livro de Gênesis há a primeira menção à criação do homem. Encontramos ali não apenas o relato de como Deus o criou, mas por que o criou.
No capítulo um do livro de Gênesis há a primeira menção à criação do homem. Encontramos ali não apenas o relato de como Deus o criou, mas por que o criou. O versículo 27 diz que Deus criou o homem à Sua imagem. Sem dúvida, o Senhor queria alguém que pudesse expressar Sua imagem e semelhança.
“… Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, a imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos, enche i a terra e sujeitai-a; dominai sobre todo animal que rasteja pela terra …” (Gn. 1:27-28).


Deus criou o homem para ser uma expressão de Si. O Senhor o formou para ser semelhante a Ele e para ser o Seu representante legal na terra. Podemos entender melhor esse princípio em Ez. 28:14-15: “Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; estavas no Monte Santo de Deus, andavas entre as pedras afogueadas. Perfeito eras nos teus caminhos desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti”.


Vemos que Lúcifer possuía o encargo de proteger o Monte Santo e era perfeito em seus caminhos, sendo um representante de Deus e estando submisso a Ele. Mas no versículo seguinte encontramos sua queda. Lúcifer caiu e uma brecha se fez nos céus. Então Deus criou o homem, conforme está escrito no primeiro capítulo de Gênesis, para suprir esta lacuna. “… a terra, porém era sem forma e vazia: havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas …” (Gn. 1:2).
Este versículo fala de Lúcifer no estado de pecado e queda. Encontramos o Espírito de Deus se movendo para desfazer as obras do diabo.
Paulo fala sobre um mistério em Ef. 5:31-33: “Por isso deixará o homem seu pai e a sua mãe e se unirá a sua mulher, e serão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à Igreja. Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher respeite a seu marido”.
Ele fala sobre o homem e a mulher e faz uma comparação entre Cristo e a Igreja, marido e a esposa: “… não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea …” (Gn. 1:18).
Isso também se refere a Cristo e à Igreja. O homem foi criado para ser a noiva de Cristo, para completá-lo. Quando o Senhor criou Adão, estava formada a companheira; em Adão foi formada a noiva para seu filho, e por isso Paulo diz que a Igreja é o complemento de Cristo. A palavra “complemento” fala daquilo que falta para ser completo.
“… A qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas …” Ef. 1:23.


Cristo é completo em si, porém Ele necessita de comunhão assim como o homem necessita de comunhão e da mulher. Vemos, portanto, que Deus nos criou para este fim e, por meio da comunhão, somos íntimos em Seu amor.
“Então, ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia, esconderam-se o homem e sua mulher da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim. Mas chamou o Senhor Deus ao homem, e lhe perguntou: Onde estás?” (Gn. 3:8-9).


Deus estava ali para compartilhar, conversar e se relacionar com Adão e Eva, pois para isto Ele os havia criado: para serem amigos íntimos. Nisto também está o prazer do homem. Quando está em comunhão com o Senhor, sua vida tem sentido; porém, quando perde este propósito de vista, se toma vazio e vagante.

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