Estrutura da Igreja e Cultura

Estrutura da Igreja e Cultura

A estrutura de uma igreja está ligada à visitação de Deus e à sua cultura. Estrutura e cultura se fundem. A Igreja tem que aprender a ser “leve” nas estruturas para acompanhar a visitação. Não existe estrutura perfeita, universal e atemporal. A estrutura acompanha a cultura. Logo, se a cultura muda, a estrutura tem que mudar. Não existe estrutura permanente e perfeita porque a estrutura é manifestada através de pessoas; portanto, ela não é perfeita. Você sempre encontrará estruturas em aperfeiçoamento, porque o homem está sendo “trabalhado” por Deus.

O que é a estrutura, então? A estrutura é apenas o selo de que Deus passou por determinado lugar. São as pegadas divinas na história da Igreja. Deus, contudo, continua a Sua estrutura como definitiva e eterna. Então, não existe estrutura perfeita, atemporal, que possa ser usada por nós sempre em qualquer lugar? Não, não existe. A estrutura depende do tempo e do espaço. Do tempo, porque, conforme os anos passam, a cultura de uma sociedade modifica-se. Do espaço porque mesmo num determinado tempo haverá, nos diferentes lugares geográficos, diferentes culturas. Ou seja, as estruturas variam de região para região e de país para país.

Se não há estrutura permanente e universal, o que nos resta fazer? Resta-nos buscarmos uma estrutura com fundamentos e princípios bíblicos, ajustada e contextualizada à cultura deste século. Resta-nos buscar o que está escrito na Bíblia, no Novo Testamento e, em cima deste fundamento, nos contextualizarmos para expressar aquilo que Deus quer em nossa geração.

Qual seria a estrutura ideal para o presente? Aquela que traz “espaço” e oportunidade para todos os dons e ministérios, que seja harmônica e flexível para caminhar com Deus e tocar nossa geração.

Nós temos que trazer do Novo Testamento a vida da Igreja, e não sua estrutura. Quando tentamos transportar a estrutura, transportamos a cultura, pois não conseguimos separar estrutura de cultura. Pensamos que estamos transladando estrutura, mas na verdade estamos transladando cultura. Temos que trazer os traços fundamentais da estrutura do Novo Testamento, mas não a cultura. Vamos atrás da vida, da ação ministerial, da santidade e do poder do Novo Testamento, mas vamos deixar sua estrutura e sua cultura lá.

Particularmente, fiquei impressionado com essa descoberta. Quando tentamos trazer a estrutura da Igreja Primitiva, trouxemos também sua cultua. Porém, ela não se ajuda à cultura de hoje. A cultura dos nossos dias é diferente. Consequentemente, as coisas ficam difíceis e tensas.

A nossa estrutura hoje precisa responder ao desafio da nossa realidade. Se ela não tem o poder para tocar a nossa realidade hoje, então precisa ser ajustada. Precisamos orar, pedindo a Deus um ajuste. Toda estrutura que não responde ao desafio da realidade precisa ser questionada, mudada e adaptada.

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