Discreto nas rodas políticas, bispo prefere os palcos aos palanques

Discreto nas rodas políticas, bispo prefere os palcos aos palanques

Nos últimos dias fui tema também de uma matéria do Jornal Métropoles, que é conhecido pelas ruas de Brasília. Confira a matéria na íntegra:

Ex-deputado federal, o bispo da Sara Nossa Terra Robson Rodovalho sempre é assediado por políticos de todas as ideologias e religiões nas proximidades das eleições. A mais recente investida foi a ventilação do nome dele como possível candidato a vice-governador do Distrito Federal em alguma das chapas que venham a se oficializar. Rodovalho recebe a todos com muita paciência.

Apesar das conversas duradouras, ele, porém, não esconde que tem nutrido outra paixão: a música. Desde que trocou os microfones da tribuna da Câmara dos Deputados pelos profissionais, dos estúdios fonográficos, Rodovalho não parou mais e gravou 11 álbuns. É contratado da Sony Music, uma das maiores gravadoras do país, e tem sucesso de vendas de sua obra gospel.

Cantar, tocar e compor foram para mim a conquista de um novo território, algo que para todos os que me conheciam era inimaginável.” Post publicado por Robson Rodovalho nas redes sociais.
A paixão, segundo ele, surgiu em 2009, quando não encontrou quem pudesse estar à frente do louvor da igreja. “Dessa crise, Deus me deu um novo território”, continuou, na publicação. De outro lado, o então parlamentar era condenado, em 2010, por infidelidade partidária. Não precisou cumprir a pena, visto que o mandato havia finalizado. No entanto, o desfecho da carreira política permanece na história.Mesmo com tantas especulações, Rodovalho comenta com pessoas próximas que prefere o showbiz ao mundo dos palanques eleitoreiros. De forma discreta, acompanha a política e atende aos convites de autoridades, com ou sem mandato. Na lista, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), o ex-distrital Alírio Neto (PTB) e Ibaneis Rocha (PMDB) fizeram visitas ao religioso. Todos pretensos candidatos ao Governo do Distrito Federal e, obviamente, querendo abocanhar algum pedaço da legião de seguidores do evangélico.

Além dos fiéis da Sara Nossa Terra, Rodovalho poderia levar a simpatia de outros evangélicos às urnas, acreditam os possíveis aliados. Mas o bispo não anda muito interessado em um retorno ao universo político. Para isso, credenciou o distrital Rodrigo Delmasso (Podemos) para representar a igreja no Legislativo local. Líder espiritual da congregação, caso seja candidato, Rodovalho teria de se afastar oficialmente das atividades da Sara Nossa Terra. Obviamente, não é o que pretende.

Para próximos, o bispo deixa claro que protagonizar na política é pensamento passado. Agora, a realidade é voltada à música e à igreja. Uma forma de manter-se ligado à missão espiritual e, por tabela, afastar-se de possíveis encrencas eleitorais. Afinal, “quem canta seus males espanta.”

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