“Difícil acreditar em Adão e Eva”, disse o famoso cantor gospel Michael Gungor

Foi noticiado recentemente no site Gospel Mais que o cantor Michael Gungor, filho do pastor e escritor Ed Gungor, escreveu em seu blog que o livro de Gênesis é apenas figurativo. Em seu blog o cantor escreveu: “Eu acho que eu vou ter que sair do armário e confessar: eu não acredito literalmente em uma criação de seis dias. Em minha escola cristã, durante o meu crescimento, nós todos bufávamos e ríamos se um cientista em um documentário mencionasse a evolução ou falasse sobre como determinado tipo de animal tinha existido há milhões de anos. Mas agora que sou um compositor, eu vejo tudo isso como um grande absurdo. Gênesis é um poema”, escreveu o ministro de louvor.

Conhecido pelo forte ministério de louvor, ele fundou, junto com sua esposa Lisa, a Comunidade Bloom em 2006, em Denver, nos Estados Unidos. Já ganhou inúmeros prêmios sendo indicado para Grammy. O cantor afirmou ainda que não tinha capacidade, por exemplo, de acreditar que as primeiras pessoas na terra era Adão e Eva. As frases proferidas causaram polêmica.

Para essa e outras questões, Bispo Robson Rodovalho escreveu no livro Ciência e Fé: O reencontro pela Física Quântica, muita coisa sobre o assunto. Nele o autor aborda e traz a luz assuntos polêmicos como esse. Ele ressalta sobre a evolução da ciência, a igreja no último século, a arrogância e prepotência da Igreja e algumas declarações bíblicas com viés científico.

Bispo Robson diz que o “conceito de transcendência é parte intrínseca da vida e da natureza do homem e, consequentemente, do Universo. As respostas para as perguntas consideradas como últimas, que trazem propósito e sentido à existência humana, parecem ser encontradas mais nas abordagens religiosas e espirituais do que nas abordagens científicas. Segundo o físico John Polkinghorne, da Universidade de Cambridge, “precisamos das abordagens tanto cientificas quanto religiosas para compreendermos este mundo admirável em que vivemos. Acredito que os processos físicos são muito mais abertos do que a mecânica newtoniana nos indicava. Ou seja, existem outros princípios causais em ação, acima e além das trocas de energia que a física descreve”.

O astrônomo Allan Sandage, por exemplo, tornou-se cristão inesperadamente aos 50 anos de idade – pelo desespero de não conseguir responder apenas com a ciência e o pensamento científico a perguntas como: “Por que existe algo em vez de nada?”. Apenas através do sobrenatural consigo entender o ministério da existência. E reforça ainda o mesmo princípio explicitado por outros cientistas. Por mais investigativa que seja a ciência, ela não consegue chegar ao “por que” da existência neste mundo.

Assim como a ciência tem seu limite e território, o mesmo pode-se dizer da fé e da espiritualidade. Que essas duas vertentes da existência nos ajudem e nos auxiliem a fazer nossa vida e nossa jornada neste mundo melhores e mais felizes. Não podemos enrijecer a interpretação bíblica sem trazer prejuízo à sua inspiração e sua infalibilidade.

Não se devem enfatizar nossas interpretações pessoais e fazer delas o absoluto da interpretação, dando-lhes o mesmo peso do original. Nos pontos em que o texto bíblico é literal, no plano óbvio da escrita, seu sentido torna-se evidente. Mas nos pontos em que o próprio texto esconde processos não explícitos, deveríamos ser capazes de respeitar o autor e o desígnio soberano, contentando-nos com a luz que temos.

Pode-se, sim, especular, mas sem o dogmatismo radical, demonstrado ao longo da história. Tanto o radicalismo religioso quanto o radicalismo cientifico falharam em seu propósito. E ambos foram ultrapassados e atropelados pela trajetória da história.”

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