AS FIGURAS DA VELHA ALIANÇA PARTE 3

Foi uma nova geração que entrou na terra, foram novos homens e mulheres que possuíram Canaã, porém para possuí-la, eles tiveram que passar o Jordão.

A nova geração enfrentou um difícil teste, mas isso os separou definitivamente do deserto. O Jordão também nos fala muito como figura, sabemos que ele é ponto de separação entre duas gerações que representam o velho e o novo homem. Vemos que o Jordão aqui representa a morte do “eu”. Somente após a morte do “eu” é que podemos entrar e possuir a terra da promessa. Durante a travessia do Jordão, a arca da aliança que era levada pelos sacerdotes foi à frente e parou no meio do rio, até que todos passaram. Ela representa Cristo, que vai à frente de Seu povo. Jesus foi quem primeiro passou por esta experiência. Ele veio com a decisão de fazer toda a vontade do Pai. Esta decisão de fazer a vontade de Deus, aplicada de maneira prática aos desejos, ações e reações de nossas vidas, é o que chamamos de “passar o Jordão”. “Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb.10:7). Quando tomamos esta posição, estamos passando o Jordão, dizendo não à carne e à concupiscência. Passar o Jordão fala de desistir da nossa natureza e impulsos carnais, isto é, tomar a mesma posição que Cristo teve quando veio à terra: fazer a vontade do Pai. Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl.19-20). A maior parte de nossas guerras, lutas e problemas existem por causa da tentação. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, e esta atua quando os cristãos permitem que ela atue. É uma questão de decisão. Por isso também o deserto nos ajuda e nos purifica, porque enquanto não temos esta decisão, o Senhor nos leva a tratar de nossos desejos com nossos corações e a olhar para nós mesmos; o fruto será o resultado de nossos desejos. Alguém perguntou a Jorge Muller qual era o segredo de sua vida espiritual, e ele respondeu: “veio o dia em que eu morri para o mundo, e sua aprovação ou reprovação para meus amigos e para mim mesmo”. Isto é passar o Jordão. Com esta decisão e experiência, podemos tomar posse do que Deus espera de nossas vidas. Não haverá problemas e situações difíceis que não possamos vencer. A sentença de morte para nosso “eu” e nossa carne é o limite entre o velho e o novo homem, é o nosso Jordão. “Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado uma vez consumado gera a morte” (Tg. 1:14-15).

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